sexta-feira, 12 de julho de 2013

Experimento básico de química


Cinco pensadores e suas contribuições teóricas para o processo de ensino-aprendizagem

Por trás do trabalho de cada professor, em qualquer sala de aula do mundo, estão séculos de reflexões sobre o ofício de educar, mesmo daqueles que desconhecem a obra de grandes pensadores como de Aristóteles. Desta forma, listo abaixo cinco dos principais pensadores que se destacam até hoje no processo de ensino-aprendizagem:
  • Sócrates: apenas voltando-se para seu interior o homem chega à sabedoria e se realiza como pessoa  
    Seu pensamento marca uma reviravolta na história humana a respeito de como o conhecimento é construído.Com Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo, concebendo este de dois princípios: alma e corpo. De seu pensamento surgiram duas vertentes da filosofia, grandes tendências do pensamento ocidental: a idealista, distinguindo o mundo concreto do mundo das ideias, deu a estas status de realidade; e a realista, onde submeteu as ideias, às quais se chega pelo espírito, ao mundo real. defendia o diálogo como método de educação, considerando muito importante o contato direto com os interlocutores. Para ele, o processo de formar o indivíduo para ser cidadão e sábio devia começar pela educação do corpo, que permite controlar o físico, valorizando acima de tudo a verdade e a virtude. A busca do saber assim, é o caminho para a perfeição humana. O papel do educador é, então, o de ajudar o discípulo a caminhar nesse sentido, despertando a cooperação para que ele consiga por si só "iluminar" sua inteligência e sua consciência. Assim o verdadeiro mestre não é um provedor de conhecimentos, mas alguém que desperta os espíritos. 
  • Pestalozzi: o teórico que incorporou o afeto em sala de aula
     Foi um dos pensadores que lançaram os fundamentos da pedagogia moderna. Para a mentalidade contemporânea, o amor talvez não seja a primeira palavra que venha à cabeça quando se fala em ciência, método ou teoria, mas o afeto teve papel central em sua obra. Pestalozzi afirmava que a função principal do ensino é levaras crianças a desenvolver suas habilidades naturais e inatas. Segundo ele,  amor deflagra o processo de auto-educação, pois tinha força salvadora, capaz de levar o homem à plena realização moral. Em sua visão o processo educativo deveria englobar três dimensões humana: a cabeça, a mão e o coração; o objetivo final do aprendizado também deveria ser uma formação tripla: intelectual, física e moral; e o método de estudo apresentaria três elementos: som, forma e número. Comm isso o estudante teria condições de encontrar em si mesmo liberdade e autonomia moral. Por isso, em suas escolas não havia notas ou provas, castigos ou recompensas. O aprendizado seria conduzido pelo próprio aluno, com base na experimentação prática e na vivência intelectual, sensorial e emocional do conhecimento. É a ideia do "aprender fazendo". O método deveria partir do conhecido para o novo e do concreto para o abstrato, com ênfase na ação e na percepção dos objetos, mais doo que nas palavras. O que importava não era tanto o conteúdo, mas o desenvolvimento das habilidades e dos valores.

  • Jean Piaget: o biólogo que colocou a aprendizagem no microscópio
     Piaget foi o nome mais influente no campo da educação durante a segunda metade do século 20, quase se tornando sinônimo de pedagogia, entretanto, ele não tem um método, pois nunca atuou como pedagogo, dedicando-se a submeter à observação científica rigorosa o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança. Desse estudo, criou um campo de investigaão que denominou epistemologia genética, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. De acordo com ele, a criança passa por quatro estágios desde o nascimento até a adolescencia: o sensório-motor (até os 2 anos), fase em que a criança adquire a capacidade de administrar seus reflexos básicos para que gere ação prazerosa ou vantajosa; pré-operacional (2 anos aos 7), que caracteriza-se pelo surgimento da capacidade de dominar a linguagem e a representação de mundo por meio de símbolos, sendo a criança ainda egocêntrica; operações concretas (7 anos aos 11 ou 12), lógica nos processos mentais e a habilidade de discriminar os objetos por similaridades e diferenças, sendo que a criança ja domina conceitos de tempo e número; e o estágio das operações formais (volta dos 12 anos), em que o adolescente passa a ter o domínio do pensamento lógico e dedutivo, relacionando conceitos abstratos e raciocinar sobre hipóteses. Por fim, sua obra leva a conclusão de que o trabalho de educar crianças não se refere tanto à transmissão de conteúdos quanto a favorecer a atividade mental do aluno. Conhecer a obra de Piaget pode ajudar o professor a tornar seu trabalho mais eficiente, mas é importante lembrar que os modelos teóricos são sempre parciais e que não existem receitas para a sala de aula.

  • Paulo Freire: o mentor da educação para a consciência
     O mais célebre educador brasileiro, com grande atuação e reconhecimento internacionais, Paulo Freire ficou conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva o seu nome, desenvolvendo um pensamento pedagógico assumidamente político. Para ele, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno, principalmente o das classes desfavorecidas da sociedade, levando-o a entender sua situação de oprimida e agir em favor da própria libertação. O principal livro de Freire se intitula justamente Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra. Propunha uma pratica em sala de aula voltada para o desenvolvimento da criticidade do aluno, condenando o ensino desenvolvido na maioria das escolas, que ele chamou de educação bancária, em que o professor age como quem deposita conhecimento no aluno. Assim, Freire criticava a ideia de que ensinar é transmitir saber, sendo a missão do professor possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos.

  • Emilia Ferreiro: a estudiosa que revolucionou a educação 
      Psicolinguista argentina que teve mais influência sobre a educação brasileira nos últimos 20 anos. Suas obras não apresentam nenhum método pedagógico, mas revelam os processos de aprendizado das crianças, levando a conclusões que puseram em questão os métodos tradicionais de ensino da leitura e da escrita. Critica a alfabetização tradicional porque julga a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e da escrita por meio de avaliações de percepção (capacidade de discriminar sons e sinais) e de motricidade (coordenação, orientação espacial), dando-se importância excessiva ao saber desenhar as letras, deixando-se de lado suas características conceituais. Uma das principais consequências da absorção da obra de Emilia na alfabetização é a recusa do uso das cartilhas, pois para ela a compreensão da função social da escrita deve ser estimulada com o uso de textos de atualidade, livros, histórias,jornais e revistas. Fazendo essa troca, a sala de aula se transforma totalmente, criando-se o que se chama de ambiente alfabetizador.

Para saber mais:

terça-feira, 9 de julho de 2013

Quimica Essencial é um blog que visa compartilhar novidades no ensino de Química assim como na educação em geral, oferecendo desde recursos tecnológicos como informações sobre as novidades na área educacional! Bem vindos!